A seguir, será dada uma explicação sobre o Currículo Lattes e sua importância, juntamente com um breve histórico.
De 1993 a 1999, o CNPq utilizou formulários em papel, sistema em ambiente DOS e sistema de currículos específicos para credenciamento de orientadores (MiniCurrículo). Nesse período, a Agência acumulou cerca de 35 mil registros curriculares da atividade de C&T (Ciência & Tecnologia) do País. Embora os instrumentos tenham viabilizado a operação de fomento da Agência, a natureza das informações dificultava a completa utilização dessa operação em outros processos de gestão em C&T.
Entre 1998 e 1999, o CNPq realizou levantamento junto à comunidade de consultores ad hoc visando estabelecer um modelo de currículo que atendesse tanto às suas necessidades de operação de fomento como de planejamento e gestão em C&T. Além disso, o grupo de desenvolvimento (Grupo Stela da UFSC) incluiu no formulário eletrônico diversas funcionalidades há muito solicitadas pela comunidade científica, tais como relatórios configuráveis, saída para outras fontes, indicadores de produção, dicionários individualizados, importação dos dados preenchidos em outros sistemas de currículos, etc.
Lançado em 16 de agosto de 1999, o Sistema de Currículos Lattes teve a sua base de currículos aumentada em mais de 300% em dois anos, contando com mais de 100 mil currículos.
Em julho de 2000, a Coordenação Geral de Informática do CNPq iniciou um trabalho de intercâmbio com outras instituições ligadas a C&T no País. O resultado foi a ligação dinâmica dos currículos Lattes do CNPq com referência ao mesmo pesquisador em outras bases de dados, como por exemplo, bancos de dados de universidades.
Em fevereiro de 2001 foi criada a Comunidade Virtual LMPL (Linguagem de Marcação da Plataforma Lattes). Seu surgimento teve como objetivos criar e dar manutenção à definição do modelo DTD (Data Type Definition) XML do Currículo Lattes. Com esse modelo, as universidades brasileiras podem extrair informações do currículo Lattes e/ou gerar informações para o mesmo a partir dos seus sistemas corporativos.
Posteriormente, com a homologação da linguagem XML Schema pelo Consórcio W3C, a comunidade CONSCIENTIAS-LMPL [12] (uma extensão da Comunidade Virtual LMPL) construiu uma nova gramática utilizando a linguagem de esquemas para o mesmo padrão XML de Currículo Vitae.
Com o XML Schema, pôde-se utilizar recursos não disponíveis na linguagem antecessora (DTD). Os principais são:
Segue abaixo um exemplo comparando estruturas DTD e XML Schema:
<!ELEMENT AUTORES EMPTY> <!ATTLIST AUTORES NOME-COMPLETO-DO-AUTOR CDATA #REQUIRED NOME-PARA-CITACAO CDATA #IMPLIED ORDEM-DE-AUTORIA CDATA #REQUIRED CPF CDATA #IMPLIED>
1. <xs:complexType name="TipoAUTORES"> 2. <xs:attribute name="NOME-COMPLETO-DO-AUTOR" type="string60" use="required"/> 3. <xs:attribute name="NOME-PARA-CITACAO" type="string60"/> 4. <xs:attribute name="ORDEM-DE-AUTORIA" type="xs:int" use="required"/> 5. <xs:attribute name="CPF" type="string11"/> 6.</xs:complexType> 7. <xs:simpleType name="string11"> 8. <xs:restriction base="xs:string"> 9. <xs:maxLength value="11"/> 10. </xs:restriction> 11. </xs:simpleType>
Outra vantagem é que XML Schema usa a sintaxe de XML. Portanto, é possível utilizar aplicativos (como editores) feitos para manipular documentos XML.