Para enfrentar essa nova realidade, deve-se adotar novas metodologias de ensino, procurando modificar o funcionamento do processo educacional a luz das instituições educacionais que se constituem num local onde se aprende, se forma cidadãos aptos para aprender cada vez mais e onde se medita sobre os princípios do aprender e ensinar1 . Neste sentido, o computador quando utilizado de forma adequada, constitui-se numa ferramenta útil para se refletir no que consiste a aprendizagem e o ensino para preparar cidadãos para viverem e atuarem em um meio onde a aprendizagem continuada é exigida.
A utilização de computadores em educação permite o uso de diferentes recursos computacionais (linguagens de programação, processador de texto, planilha eletrônica, gerenciador de banco de dados, redes de comunicação à distância ou sistemas de autoria...) para a formação de idéias e permite criar modelos que possam integrar conhecimentos adquiridos na construção de novas idéias.
O computador não é o detentor do conhecimento, mas sim uma ferramenta controlada pelo aluno, permitindo-lhe a busca de informações, navegando entre nós e ligações de forma não linear, segundo seu estilo cognitivo e seu interesse momentâneo. Tais informações podem ser integradas pelo aluno na elaboração de conhecimentos para representar a solução de uma situação – problema ou a implantação de um projeto. As informações também podem ser trabalhadas no desenvolvimento de programas escritos em uma linguagem de programação. Todas essas situações levam o aluno a refletir sobre o que está sendo representado.
Grande parte da dificuldade em compreender química, enfrentada por alunos, reside no fato de que muitos não entendem a importância do que estudam. A falta de contextualização adequada distancia e dificulta a motivação dos alunos4 .
Educadores esperam que o aluno interaja com os conteúdos e coopere com os demais membros de sua sala na construção dos conceitos e métodos científicos. Defende-se que o aluno parta de questões concretas para estabelecer relações abstratas entre os conceitos e os conteúdos presentes nas atividades de aprendizagem2. Dessa maneira, presume-se que as atividades de aprendizagem de química mediadas por computador devem estar incluídas nessa perspectiva2.
Uma possível vantagem de construção de imagens digitais por uso de computação gráfica é a possibilidade de simulação, isto é, de transformação da tela do computador em laboratório experimental, onde são atualizadas as estilizações de fenômenos químicos e físicos, com o intuito de representar como a natureza se comporta sob determinadas condições3. Portanto, ao representarmos as moléculas em perspectiva tridimensional, supera-se a limitação de representações bidimensionais que não abordam de maneira satisfatória a estrutura da matéria, já que muitas propriedades de uma substância são explicadas com base na disposição espacial de átomos em suas moléculas3.
As analogias entre os modelos teóricos e as representações através de imagens são muito usadas pela comunidade científica na divulgação do conhecimento produzido em laboratório, aumentando de modo significativo a capacidade de informações que se confere aos seus modelos.
Ao aprender operar com modelos, o aluno reconhece que o conhecimento que ele adquire é provisório e construído e caminha em direção a um pensamento aberto.
Portanto, não se deve permitir que estas representações determinem a elaboração de conceitos, mas sim que elas sejam mais um instrumento, que associado a lógica permita racionalizar o pensamento do aluno.
Referências
http://www.nyu.edu/pages/mathmol/library/
Página com imagens de moléculas nos formatos GIF VRML e PDF. A biblioteca está dividida em: água e gelo, carbono, hidrocarbonetos, aminoácidos, nucleotídeos, lipídeos, açúcares e drogas.
http://www.iar.unicamp.br/pgmultimeios/pesquisa/a_meleiro/1.htm
Simulações dos modelos atuais para a estrutura da matéria e reações químicas. O site também traz textos e representações através de imagens dos modelos atômicos mais famosos.
O site se propõe a ser uma fonte de boas informações para professores de química e estudantes independentes. O conteúdo abrange o currículo de química do ensino médio. Em inglês e espanhol.
Além de resumo teórico dos principais tópicos de química do ensino médio o site traz uma seção de curiosidades e experiências.
http://www.iqsc.sc.usp.br/~edsonro/index.htm
Página sobre história da química com textos produzidos pelos alunos do curso de química de São Carlos.
http://www.iq.ufrgs.br/aeq/carbop.htm
Site que distribui um software gratuito chamado Carbópolis. Desenvolvido pela UFRGS auxilia professores e alunos a elaborar estratégias de solução para problemas relacionados à poluição do ar e à chuva ácida.
http://klaatu.oit.urmass.edu/microbio/rasmol/
Disponibiliza para ‘download’ dois ‘freewares’ para visualização de moléculas: o RasMol e o Chime. Traz também informações para o uso dos programas. O RasMol é útil para visualizar moléculas que estão em arquivos no formato .pdb disponíveis em bancos de dados na internet. O Chime é útil para visualizar moléculas que estão inseridas em página web.
http://www.sci.ouc.bc.ca/chem/molecule/molecule.html
Traz um banco de imagens de moléculas. Requer os programas RasMol e Chime para visualização.