Esse não foi o meu único trabalho em Iniciação Científica. Já sou orientada da Professora Joyce da Silva Bevilacqua há quase três anos. Meu primeiro projeto com ela tinha o título de ``Simulador Paciente-Ventilador''. O estudo de complacência acabou sendo um caminho natural a ser seguido, já que ambos os temas de Projeto tinham grande correlação entre si.
A Medicina sempre me chamou atenção. No ano de 98, meu segundo ano no Instituto de Matemática e Estatística, fui à procura de algum orientador que pudesse me direcionar a um projeto relacionado à Medicina. Desde então, desenvolvemos um trabalho todo ligado ao trato cardiorrespiratório.
A Professora Joyce mostrou-se uma excelente orientadora, e os trabalhos propostos por ela tinham um propósito muito bem definido. Como ela também tem uma relação bem estreita com a Medicina, nossos interesses confluíram. É gratificante pensar que trabalhos como esse podem auxiliar imensamente a classe médica. Pode-se observar que a estrutura da resolução é simples, e que traz grandes benefícios. Muitas outras questões em Medicina como essa podem ser resolvidas com relativa facilidade, mas elas surgem no ambiente de trabalho, em residências médicas, e não é sempre que o médico pode levar um estudo à frente utilizando somente esforço próprio. Nesse ponto o profissional de exatas pode ser extremamente útil. Muitas dessas questões envolvem fenômenos periódicos, equações, estudos matemáticos. E o fato do médico não ter que lidar com isso, e sim alguém ligado a exatas, agiliza o trabalho e cria uma intercomunicação muito frutífera entre as áreas.
Aliás, algo que pude perceber durante meu período fazendo Iniciação é que há sempre uma grande vontade em estreitar esse tipo de comunicação entre Biológicas e Exatas, mas a maioria das vontades de produzir acabam não saindo do papel. Conseguir conciliar horários é bem complicado, mas há idéias incríveis para tentar solucionar problemas sérios, e que ficam estocadas, seja pela falta de apoio financeiro ou pela dificuldade de manter um contato constante com as outras áreas para avaliar evolução da pesquisa, analisar resultados. Um dos maiores propósitos de uma Universidade é a de aproximar os extremos, não é mesmo? Portanto as alianças devem ser cultivadas, e acaba-se por descobrir que os extremos não são tão extremos assim, há interesses em comum e soluções conjuntas.